quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Gilberto Freyre


“O saber deve ser como um rio, cujas águas doces, grossas, copiosas, transbordem do indivíduo, e se espraiem, estacando a sede dos outros".       
                                                                                                                                                            Discurso de formatura no ensino médio, Gilberto Freyre aos 17 anos.


GILBERTO DE MELLO FREYRE nasceu no Recife em 15 de março de 1900. Na capital pernambucana fez o curso primário e secundário, além de estudar francês, desenho e latim. Nos Estados Unidos tornou-se bacharel em Artes Liberais pela Universidade de Baylor e obteve grau de mestre pela Universidade de Columbia.
Realizou uma vasta obra de interpretação da cultura brasileira, muito especialmente no entendimento das relações sociais nas regiões agrárias do Brasil, nas quais o patriarcalismo rural e o paternalismo senhorial são faces determinantes da realidade.
Além do estudo da própria identidade do Brasil e do brasileiro, o conjunto de sua obra, na sua vastidão e diversidade, retrata a terra, a vida, as coisas, os animais, os fatos do cotidiano, a casa, a moda. São dele, pioneiramente, os mais sérios e aprofundados estudos sobre o Nordeste e o Trópico, interessando-lhe, sobretudo, o homem situado nesses espaços geográficos, considerando todas as circunstâncias dessa localização e avaliando as conseqüências daí decorrentes.
Embora a sua obra seja numerosíssima, é indispensável fazer referência a livros como Casa Grande & Senzala, Sobrados e Mucambos, Ordem e Progresso, Nordeste, Sociologia, Novo mundo nos trópicos, Aventura e Rotina, Além do apenas moderno, Tempo morto e outros tempos, Açúcar, entre outros.
Foi o escritor brasileiro que recebeu as maiores distinções, o maior reconhecimento de universidades e instituições brasileiras e estrangeiras. Recebeu o título de Doutor honoris causa pelas Universidades de Columbia, Baylor, Oxford, Sorbonne, Munique, Salamanca, e homenagens dos Estados Unidos, da França, da Inglaterra, de Portugal, da Espanha, entre outras. Foi distingüido com o título de “Sir” Cavaleiro do Império Britânico, pela Rainha Elizabeth II da Inglaterra; recebeu o Prêmio Internacional La Madoninna e o Prêmio Aspen pelo que há de original, excepcional e de valor permanente em sua obra. Foi eleito, por aclamação, Membro da Academia Pernambucana de Letras, ocupando a cadeira n° 23.

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